Estive
observando umas publicações equivocadas ao lado desta representação da morte do
mártir João Batista. Esta aqui:
"O
POVO SE FAZ DE INOCENTE
O
que é a festa do São João? Nada mais é do que a celebração da morte de João
Batista. João foi decapitado porque pregou a verdade! Quando um ente querido
morre a gente se alegra ou se entristece?
Quando
celebramos o São João estamos celebrando não só a morte de João Batista, mas
também a mentira e a iniquidade. Porque as pessoas que fizeram isso com ele
tinha tal prática. E colocaram está data, justamente porque era aniversário de
Herodes, ao qual acatou um desejo da sua enteada, e deu a ordem de decapitar
João.
O ato de fazer a fogueira e pular, vem de celebrações pagãs. Que celebravam e ainda celebram aos deuses estranhos. E em algumas ocasiões jogavam crianças nas fogueiras ara sacrificar ao deus Moloque, dai vem a "tradição" pular fogueira. Agora tem um tal de "não tem nada a ver"
O ato de fazer a fogueira e pular, vem de celebrações pagãs. Que celebravam e ainda celebram aos deuses estranhos. E em algumas ocasiões jogavam crianças nas fogueiras ara sacrificar ao deus Moloque, dai vem a "tradição" pular fogueira. Agora tem um tal de "não tem nada a ver"
Pois
bem, primeiro a festa junina originalmente nada tem a ver com o cristianismo ou
com santos católicos. Tem sim a ver com o festival de inverno indígena de
gastronomia e artesanato. Isso bem antes dos jesuítas pisarem o solo da terra
que viria mais tarde a ser reconhecida por Brasil. Milho, amendoim e mandioca
eram os principais alimentos, tal como hoje ainda são nas festas juninas. Todos
estes alimentos são nativos da América, ou seja, não foram trazidos pelos
portugueses cristãos. E tinha fogueira, claro, nos festivais em várias tribos;
e danças e religiosidade. Ninguém sabe nem precisar quando houve as primeiras
festas juninas indígenas. Nem se o próprio São João Batista já era vivo quando
elas começaram. Aí, me poupem nestas argumentações parcas!
Mas
enfim, os jesuítas vieram somente no século XVI e viram quão bonito eram os
festivais "pagãos" e deram um jeitinho brasileiro de adaptar as
coisas e meteram São José (em 19 de) março, período de maior plantação das
culturas que iam abastecer o festival. Índio não fazia produção para guardar;
consumiam tudo em cada dia; o festival era para a mesma coisa, só que em maior
intensidade. Gente, não havia paiol, geladeira etc. Mas havia dias de festa. O
certo é que 3 meses depois, o que foi plantado passava a ser colhido e haja
cauim (bebida alcoólica feita a partir da mandioca)), e as guloseimas: beiju,
farinha, milho assado, cozido, amendoim de várias formas etc. Era o mês de
junho e os jesuítas quiseram fazer daquilo uma festa religiosa de união e
alegria. Três santos católicos foram evidenciados: Santo Antônio, São João e
São Pedro (este já no fim de festa). Ao contrário dos outros dois, São João tem
seu dia de nascimento em 24 daquele mês. Geralmente as datas dos santos
católicos são lembradas ou louvadas em dias de sua morte. É outro equívoco
deste texto acima. João Batista vai morrer lá em agosto, mês do nascimento de
Santo Antônio, e também de Herodes (isso eu digo provavelmente porque os
calendários judaicos diferem do nosso gregoriano).
Festa
junina é cultura brasileira, especialmente nordestina. Tem origem brasileira
com adaptações, quer sejam religiosas ou profanas.
Um comentário:
É importante citar a fonte da pesquisa que subsidia os argumentos. Fontes históricas para que possamos compreender melhor esse fenômeno cultural.
Postar um comentário